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ESPECIAL - População do distrito apoia o programa Mogi Mais Ecotietê

  • Foto do escritor: Nayara Francesco
    Nayara Francesco
  • 10 de jan. de 2019
  • 4 min de leitura

Texto na íntegra -


Reportagem - Jornal Mogi News (Grupo Mogi News)



Moradores de Cezar de Souza aprovam o investimento, mas reivindicam melhorias para Saúde e mobilidade


O projeto Mogi Mais Ecotietê, que trará investimentos nas áreas de saneamento básico, mobilidade e desenvolvimento urbano, e socioambiental, promete beneficiar a população da região leste de Mogi com aumento na qualidade de vida. Com isso, a reportagem foi até o distrito de Cezar de Souza e ouviu alguns moradores. A população aprovou a iniciativa, mas apontou outras áreas que ainda precisam de atenção na região do distrito de Cezar de Souza.


A aposentada Juliana Mansini, de 59 anos, acredita que a região demorou para receber um projeto de melhorias. “Já deveria ter feito, fazem um monte de loteamento e não pensaram antes nesses pontos que o projeto possui. Vamos esperar para ver se será feito”, questionou. A moradora cobra ainda atenção na área da saúde. “No mês de agosto o prefeito anunciou que faria a Unica em Cézar de Souza; quando será entregue? Precisamos de uma atenção na saúde porque o distrito é grande. Tiraram o atendimento de 24 horas do posto de saúde e sobrecarregam a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sem dizer que desativaram o serviço de Raio-X no posto de saúde, ou seja, dinheiro jogado fora”, desabafou, ressaltando que a UPA possui um ótimo atendimento e que sua sugestão é de que, apenas, o posto de saúde volte a funcionar 24 horas. Um dos pontos do projeto é investir na mobilidade urbana, e isso beneficiará a região com a redução do trânsito. A moradora do distrito de Cezar de Souza Maria de Fátima Furtado, de 65 anos, autônoma, acredita que além de diminuir o fluxo do trânsito, é preciso instalar semáforos na avenida Francisco Rodrigues Filho. “É muito complicado para os idosos atravessarem por conta do trânsito intenso. O que a gente precisa realmente aqui é de um semáforo nas faixas”, sugeriu. “A gente já presenciou aqui, um ou dois, idosos que foram atropelados atravessando a faixa de pedestre”, relembrou. Sobre o distrito ganhar um potencial turístico por conta dos parques que serão construídos na rua Antônio de Almeida e na avenida Francisco Rodrigues Filho, além da ampliação do Parque Centenário, Maria de Fátima não aprovou a mudança de característica do bairro, na qual mora há 25 anos. “O distrito já tem um trânsito caótico e se isso acontecer mesmo o trânsito vai aumentar. Esse projeto terá que ser algo bem estudado para que esses possíveis problemas possam ser resolvidos nos momentos adequados”, argumentou. Já o assistente jurídico, Caio Felin, 24, acredita ser importante que o distrito tenha essa nova característica. “O turismo é uma forma de trazer o lazer e o fomento da cultura para a região, além de ajudar a despertar o interesse de investidores da área. Isso ajuda a desenvolver cada vez mais o distrito e acaba beneficiando o comércio local”, contrapôs. *Texto supervisionado pelo editor.


Retranca


Na opinião de historiador, Cezar de Souza tem o perfil da cidade


A região leste de Mogi das Cruzes, como contou o professor e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) Mário Sérgio de Moraes, há 40 anos era um local com residências isoladas. Pelo fato da região ficar entre duas cidades, Mogi e Suzano, na perspectiva do professor foi a população mogiana que mais cresceu. "Na década de 80 ocorreu o impulso imobiliário. Mas, nada planejado, razão pela qual incendiou uma arquitetura caótica, com ruas tortuosas não obedecendo o bom tráfego”, avaliou.


Na concepção do professor, o distrito de Cezar de Souza, região que será mais beneficiada com o projeto Mogi Mais Ecotietê, representa a característica do município. “A classe média está em Cezar, por que Mogi não é cidade de industriais nem de magnatas, é de classe média. Com isso, digo que é o distrito máximo múltiplo comum do município: é o perfil de Mogi”, pontuou. Com o crescimento populacional, Moraes argumentou que foram surgindo, de maneira natural, os sistemas de serviços. Para o professor o projeto Mogi Mais Ecotietê carrega os aspectos negativo e positivo. “A fiscalização que a prefeita pode fazer pelo ordenamento é muito frágil, por esse aspecto que foi sido ocupado pelo ‘bel prazer’, sem planejamento”, apontou, acrescentando ainda que o trânsito no Distrito de Cezar de Souza é tão precário quanto na região central. Já o aspecto positivo para o professor é a construção dos parques. “Mas precisará ver se terão um cuidado adequado. Todos que entram para a administração pública dizem que vão fazer planejamento, mas tem algo errado nisso. Por que sempre estão planejando? E por que não estão mantendo projetos? Tem algo errado nisso, soa como publicidade”, opinou o professor.


O crescimento na região leste é uma influência da cidade metropolitana de São Paulo, de acordo com o arquiteto Paulo Pinhal. “ A cidade de São Paulo já cresceu para todos os lados, menos a zona leste. Por isso sabíamos que o crescimento de Mogi iria se dar pela mesma zona”, caracterizou, ressaltando ainda, que com a exploração imobiliária, a carga de esgoto de lixo aumenta e por isso “esse projeto é um remendo para melhorar o que já deveria ser feito”. (N.F.)

 
 
 

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