Matéria sobre empreendedorismo (Startups) - Jornal Laboratório Página UM
- Nayara Francesco
- 2 de jul. de 2018
- 3 min de leitura

Texto na íntegra :
Startups do Alto Tietê geram expectativa de emprego
Região conta com 51 empresas de inovação. No país, setor é responsável por 60% dos novos empregos
Nayara Francesco
Com o baixo custo que o meio digital proporciona, é possível pensar, criar e lucrar com diversos produtos que propõem soluções para o dia a dia, na palma da mão. No Alto Tietê são ao todo 51 empresas ativas no segmento, segundo a plataforma Alto Tietê Valley. Destas, 43 são startups, 4 são consulting, 3 são coworking e uma atua na categoria de investors. Ainda segundo a plataforma, que reúne todas startups da região com o objetivo de fomentar a cultura de empreendedorismo, o novo modelo de negócio significa “mais empregos, mais oportunidades e mais desenvolvimento”. Segundo relatório do IBGE, intitulado “Scaleups - As empresas que vão tirar o país da crise (e o que você precisa saber sobre elas)”, feito pela Endeavor, o país tem cerca de 35 mil scaleups (termo para as startups com amadurecimento de negócio), que representam 1% do total de empresas brasileiras. Mesmo com um percentual aparentemente baixo, elas são responsáveis por cerca de 60% (média de 3,3 milhões) dos novos empregos gerados nos últimos anos. Muitos ainda desconhecem o novo modelo de negócio e todo seu processo, por maior sucesso que esteja realizando no ramo. Embora o termo startup seja associado a tecnologia, segundo Rodrigo Garzi, coordenador do Polo Digital em Mogi das Cruzes, espaço desenvolvido pela Coordenadoria de Comunicação e Departamento de TI da prefeitura, ela vai muito além do ‘tech’. “Não adianta ser apenas bom desenvolvedor, você tem que tornar a experiência do cliente agradável, fazer ele usar seu produto. Então, envolve muitas outras coisas além da tecnologia, envolve marketing, comunicação, design e interface”, abrange o coordenador. Mas quando soma desenvolvimento e qualidade de vida, o desafio está garantido para os novos empreendedores. Garzi diz que para empreender em uma startup é preciso encontrar um problema real, algo que traga soluções para a vida das pessoas, que transcenda o virtual e impacta o real. E foi o que Roberto Pereira, de Mogi das Cruzes, pensou. O estudante de análise e desenvolvimento de sistemas idealizou um aplicativo para smartphones – ainda em desenvolvimento – que muda a maneira de realizar compras de supermercado, online e offline, por meio de uma assistente virtual. O aplicativo vai funcionar com algumas ferramentas para auxiliar os clientes, entre elas lista de compras, consulta de preço médio e histórico de preços. “Para a compra on-line, os supermercados parceiros do aplicativo terão uma loja virtual e os usuários poderão escolher de que maneira vão fazer suas compras, na modalidade de entrega rápida, entrega agendada ou retirada em loja. Ainda para completar, ela [a assistente do aplicativo] terá clube de vantagens”, esclarece. Algo simples, mas que para muitos, segundo o desenvolvedor, será uma solução agradável. “O aplicativo além de ser uma ponte entre o supermercado e o consumidor, é principalmente para aqueles que buscam a facilidade da compra online, seja pela economia de tempo ou pela comodidade; e para pessoas que buscam controlar seus gastos e fazer economia nas compras de supermercado” explica Roberto. Além dessas, o desenvolvedor pretende aplicar novas ferramentas conforme a evolução da startup e progresso com os clientes. Pensar em soluções para o dia a dia das pessoas será o negócio do futuro e ao mesmo tempo o grande desafio. Rodrigo Garzi ratifica que a linguagem do futuro é a programação, mas que “não será o suficiente para garantir um bom profissional” no ramo. “Hoje você usa um aplicativo não necessariamente pela tecnologia ‘de grande impacto’, mas pela solução que é gostosa de usar, fácil e que faz sentido na sua vida”, conclui.
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